REUNIÃO EMOCIONADA MARCA INAUGURAÇÃO DE MONUMENTO

Obra realizada em pouco mais de 10 dias, foi inaugurada oficialmente em 9 de janeiro de 2007, uma terça-feira.

Em cerimônia de grande sensibilidade humana, cerca de 150 pessoas tendo como cenário a vegetação exuberante da Mata Atlântica fizeram preces, cantaram mantras, hinos nacionais, do Brasil e Canadá, e inauguraram o belíssimo monumento que simboliza a Paz mundial. As lideranças nacionais da área médica consideraram este trabalho um exemplo a ser seguido e foram unânimes ao concluir pela urgência no restabelecimento de uma sociedade mais igualitária no Brasil, com a retomada dos valores sociais verdadeiros para que se restabeleça a paz, a harmonia e a felicidade entre os povos do pais e do planeta.

A iniciativa para a construção desse monumento surgiu de uma parceria entre a Associação Paulista de Medicina (APM) e a Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA). A construção, erguida no Clube de Campo da APM, em Caieiras (SP), contou com uma equipe de 55 pessoas, entre canadenses, birmaneses, peruanos e brasileiros, relatou o médico, Dr. Luiz Alberto Farto la Paz, um dos responsáveis pela organização da equipe. Tudo ficou pronto em duas semanas, o que deixou muitos visitantes admirados.

O Presidente da Sociedade Canadense de Acupuntura Médica e da Fundação  Mundial de Medicina Natural, que dirigiu o projeto, Dr. Steven K.H.Aung, disse que a construção é uma verdadeira relíquia que várias mãos deixarão para o Brasil. “Quando chegamos, cumprimentei a todos que iriam trabalhar. Agora, com a obra quase acabada, em novo cumprimento, senti uma grande diferença: suas mãos estavam calejadas, machucadas, porém mais fortes”.

O Dr. Aung informou que a presença dos monges foi fundamental para a manutenção da harmonia no ambiente, motivação e manutenção dos objetivos espirituais entre toda a equipe. Ele explicou que o trabalho dos monges não poderia passar do meio dia. Isso porque, segundo a filosofia tradicional chinesa, na qual a antiga medicina oriental está embasada, as vinte e quatro horas do dia são divididas em duas metades de doze horas. Da meia noite até o meio dia a energia é Yang (quente). Do meio dia até meia noite passa a ser Yin (fria). este fato provoca grandes diferenças no resultado final dos objetivos programados.

“Estou feliz, disse o Dr.Aung. Já vim ao Brasil numa outra ocasião. Agora, para instalar o monumento, as coisas estão bem diferentes”. disse o médico. O comentário referia-se às mudanças rápidas (para melhor ou pior), que se processam no pais. Depois, antes de dar início ao ritual, ele comentou olhando para a mata, que as pessoas são como árvores na floresta. Só aquelas que crescem mais (espiritualmente no caso do homem) é que têm a capacidade de chegar com sua copa até uma altura que possa tomar sol direto, e chuva, além de processar a fotosíntese que lhe dará vida pela eternidade e nos fornecerá oxigênio.

O presidente da AMBA, Dr. Ruy Tanigawa, dirigiu a cerimônia e deu início apresentando as personalidades presentes como o Dr. Luiz Bacheschi, representante do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Dr. José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr.Jorge Machado Cury, presidente da APM, Dr. Paulo Santos, representando o Dr. Eduardo Jorge, Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e Dr. Henrique Hirano, que representou o vereador Aurélio Nomura, da Câmara Municipal de São Paulo.

Em seguida falou o presidente da APM, Dr. Jorge Machado Cury. Ele  destacou a importância da presença dos monges que atravessaram o mundo para participar deste evento. Disse, também, ser gratificante o exemplo que foi dado. “É quase inacreditável fazer algo assim em tão poucos dias”.  E continuou dizendo que nosso pais passa por problemas como todos os países do mundo. Há grande necessidade em se discutir valores. E deu um exemplo: hoje, morreu mais uma moça por anorexia nervosa. “Estas coisas mostram que algo está errado e precisam ser discutidas”, disse. O Dr. Cury falou, também, que diariamente lê e ouve comentários sobre a corrupção na área governamental. Várias tentativas já foram feitas para se convencer representantes do povo para a necessidade de investimento nas áreas de saúde, habitação, educação e segurança. “A construção desse monumento teve um forte simbolismo e mostrou que se pode fazer muito em pouco tempo, (com baixos custos) mesmo nas área sociais, finalizou o presidente da APM.

Dando continuidade à cerimonia falou o presidente da AMB, Dr. José Luiz Gomes do Amaral. Ele disse que depois que as pessoas convivem, jamais serão as mesmas; uma parte dos que estiveram aqui ficará conosco assim como parte de nós seguirá com vocês para outros países do mundo. “É uma honra  hospedar uma obra como essa e oferecer, pelo simbolismo, um pouco do que ele representa para a Paz Mundial”. E completou dizendo que, exatamente em cima daquele local, aviões internacionais passavam e traziam pessoas de todas as partes do mundo. Que bom seria se todos pudessem levar um pouquinho desse sentimento de Paz, harmonia e felicidade.

O presidente da AMBA, que também foi o coordenador geral do evento, Dr. Ruy Tanigawa, com toda sua sensibilidade preferiu não falar na seqüência por estar bastante emocionado. Mais tarde, ele explicou o efeito simbólico da ponteira do monumento onde se encontra um cristal cuja função é ligar a terra ao céu por meio dos sentimentos gerados na base do monumento, que serão transmitidos para as pessoas de todo o planeta. “Há também areia e água nesse compartimento superior, cujos pequenos grãos representam sementinhas dessas vibrações que podemm ser espalhadas por toda a humanidade”. A verdadeira fraternidade está dentro de cada um, disse.

O Dr. Ruy informou que, de início, este monumento, o trigésimo construído pelo grupo canadense, era para ser construído na Argentina. Mas, por algum motivo, não houve a concordância dos monges. “Tive a oportunidade de conhecer o Dr. Aung em um congresso em Berlim, na Alemanha. Dessa nossa amizade, surgiu a idéia de construir essa “Pagoda” ou Stupa (*) no Brasil. E aí houve uma conjunção harmônica: a APM possui este clube de campo com uma reserva ambiental uma das maiores do pais, o que torna muito mais fácil qualquer tipo de harmonização, as pessoas se apresentam com respeito à natureza, há igualmente, boas condições para exercícios corporais. Um ambiente perfeito quase dentro de uma das maiores cidades do mundo que é São Paulo..

“Esse é apenas um marco inicial, para uma ação pró-ativa pela Paz mundial, Para estarmos preparados, precisamos ter uma grande paz interior. O monumento ficará aqui, mas muitas ações de propagação dos bons fluidos serão criadas daqui para frente.

No final da cerimônia, todos os presentes formaram uma corrente que girou em sentido anti-horário circundadndo o monumento. Sob concentração, e ao som de um ‘mantra’, todos emitiram pensamentos e sons representativos de paz, amor, felicidade e harmonia. Tudo sob o olhar e a infinita sabedoria do monge venerável Sayadaw U Thila Wunta, de 98 anos, o criador do projeto que não se negava a um aperto de mãos de quem lhe pedia ou necessitava, às vezes sem saber, de vibrações superiores.

A foto do monumento pronto e acabado foi obtida no dia 10 de janeiro de 2007. O marco da paz estará lá aguardando as visitas de pessoas que depositarão no local seus votos de fé, paz, harmonia e prosperidade para este  planeta. Os pensamentos são muito poderosos e potentes neste mundo.
Veja abaixo as fotos da construção do Monumento (clique sobre as fotos para vê-las maiores):
Equipe de trabalho sente-se recompensada pelo esforço Uma lembrança brasileira para o monge Wunta O venerável Sayadaw U Thila Wunta acompanhou toda a cerimônia
Dezenas de pessoas aderem aos movimentos ecumênicos O cristal (apontado) tem um suporte de grande valor artístico A fé verdadeira não depende de religiões
Drs. Ruy e José Luiz Amaral Drs. Ruy, Luiz Bacheschi, e Jorge Machado Cury Drs. Ruy e Aung comandaram todo o evento
Condução e explicações sobre a cerimônia Dr. Aung fala de sua alegria em estar no Brasil Belíssima decoração floral foi montada com rapidez
As oferendas representam ideais a serem conquistados Pequenas velas simbolizam desejos  espirituais e materiais Execução do ato
No alto da torre o cristal propagador Colocação do cristal Os sentimentos “sobem”, simbolicamente, até o cristal
Decoração recebe pintura em ouro Início da pintura Desenho artístico personaliza cada monumento
Monges terminam alvenaria do domo Eliminação dos restos de reboque A organização não exclui o detalhe
Fase final de acabamento Drs. Aung e Ruy: vibrações positivas Todos prestaram sua colaboração
Aplicação do reboque Conclusão da base Finalização dos detalhes da alvenaria
O acabamento é esmerado Preparo da base de sustentação Médicos colaboram para construir a fundação
(*) Pagoda e Stupa são nomes internacionais pelos quais o  projeto (monumento à paz) é conhecido. Stupa é um termo de origem tibetana que significa oferenda, tanto física quanto mental.
Texto: Sérgio Malta Cardoso –  editor do Portal AMBA
Fotos: Luiz Alberto Paz , Alexandre Massao Yochizumi, e Sérgio Malta, especial para o AMBA NEWS